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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Rasgando as vestes




Algumas vezes nos deparamos em situações onde pensamos que não iremos mais conseguir vencer, ou romper com elas, pois já tentamos de tudo, e nada muda. Percebo que muitas situações se complicam em nós e dentro de nós por que simplesmente permitimos e procuramos com nossas próprias mãos. Choramos e lamentamos por tudo, e mal nos damos conta que somos os causadores de tudo isso. Temos tantos costumes errados aos qual adquirimos no decorrer de nossa vida, que eles passam a se tornar comuns, como se fizesse parte do nosso caráter, do nosso dia a dia, o que não é bom.

Existem coisas das quais temos muita dificuldade em abrir mão. Podendo ser esse um bem material, uma pessoa, ou até mesmo algum tipo de comportamento, maus hábitos e etc. Com tudo, acredito que o que torna o processo de renúncia mais difícil é quando nós damos uma importância maior do que se deve dar a determinada coisa. Nós nos justificamos de varias maneiras quando não queremos admitir a necessidade de abandonar o que não está sendo bom pra nós (Conveniência). Mas quando alguma coisa nos incomoda e tira nossa paz, penso que algo errado está acontecendo, e nossa alma se inquieta diante da situação, ou seja, Deus está falando, é preciso estar atento, ouvir e obedecer a sua voz.

Tenho uma peça de roupa que há tempos precisava me desfazer, até por já estar bem velhinha. Mas sabe aquela roupa que você olha e diz, só irei desfazer dela quando não tiver jeito mesmo, e olha que já estava bem surrada, mas eu gostava muito, achava que me caia bem, apenas isso. Mas chegou um dado momento onde eu percebi que já não fazia mais sentido usa-la, e que já era hora de me desfazer, então simplesmente olhei para a tesoura peguei a roupa e cortei, pois se eu pensasse muito naquele momento, certamente não faria. Algumas circunstâncias exigirão de nós atitudes, escolhas que não nos traz muita alegria no primeiro instante, mas se fazem absolutamente necessárias. 

"Só viveremos o novo quando formos capazes de romper com o velho."

Nós nos agarramos e nos prendemos a coisas pequenas e fúteis. Com tudo, por termos dificuldade de romper com o que é simples e banal descuidamos daquilo que realmente tem valor em nossa vida. E por não entender que às vezes permanecer com algo que é bom pra nós, mas pode não ser para outro, acabamos cometendo erros que fere a nós mesmos. O problema não está naquilo que precisa ser renunciado, e sim o valor excessivo que damos ao que possuímos. Que o Espirito Santo possa nos ensinar e nos dar forças para que possamos rasgar nossas vestes, e que ele nos revele todos os dias coisas e situações das quais precisamos abrir mão e deixar para trás.

“Não importa o tempo que passamos preso ao que
não era bom, mas que possamos fazer valer o tempo que estamos dedicando hoje ao que nos está sendo apresentado.”