Na
verdade essa é uma pergunta que muitos têm feito a si mesmo, porém sem
encontrar uma resposta certa que defina bem esse turbilhão de sentimentos e
conflitos internos. Vivemos em pleno século XXI, tudo está diferente agora, e
as coisas já não parecem ser tão erradas como antes, não existe mais aquele
cuidado e preocupação em fazer boas escolhas por entender que elas podem
definir nossas vidas e afetar diretamente a vida de outros, nada disso tem sido
levado em consideração, afinal de contas as pessoas não se casam mais hoje em
dia pelos mesmos motivos que antes. O matrimônio não tem o mesmo significado
quando na época de nossos pais e avós. Depois, eu gosto dele (a) então já posso
me casar, se não der certo, me separo, simples assim, que mal há nisso?
Se
nós fossemos analisar, iríamos perceber que um relacionamento não se baseia
somente em sentimentos, embora muitos dizem entender, não se atentam a isso na
prática e no momento onde estão se envolvendo com alguém, mas deixam ser
levados apenas por instintos e atração, sendo apenas emotivos e pouco racionais.
O mundo em que vivemos passa por grandes catástrofes, tragédias, em cada país
há uma história para contar e muito que chorar, e tudo indicam que os nossos
esforços humanos não serão o suficiente para conter tamanho descontrole em que
nossa humanidade está enfrentando, então você me pergunta? O que isso tem a ver
com relacionamento? Tudo a ver. Se hoje nós desfrutamos de coisas como, a
energia elétrica, os avanços da tecnologia, onde muitos cientistas e
especialistas já encontraram a cura para doenças, quando milhares de pessoas á séculos
atrás morreram por causa dela, por que vivo em um país onde posso ser livre, que
aderiu a democracia, quando muitos ainda são reféns da ditadura?
Tudo
isso se deve a cuidadosas escolhas, renuncias, sacrifícios, não sei, mas feita
por muitos com quem não convivemos ou tivemos a oportunidade de conhecer, mas de
alguma forma elas entenderam que essas escolhas mesmo sendo pequenas iriam
refletir em toda existência humana, ainda que elas não estivem mais presente
para presenciar tamanha mudança. Eu só sei que todas essas escolhas feitas por
desconhecidos, elas não apenas tiveram relevância na história da humanidade,
como me deu a oportunidade de continuar fazendo algo a partir daqui e todos os
dias me beneficio delas. É desesperador e triste quando ouvimos relatos
pessoais, ou reportagens onde se abordam o tema “Família”. Por que as pessoas
não compreendem que tudo começa no momento da escolha, e a precipitação, a
carência e ansiedade por encontrar a famosa “Minha outra metade” cega os olhos
para o que precisava ser visto.
Na
verdade penso que não existe pessoa certa ou errada, o que existe são
compatibilidades de gêneros ou a falta dela. Toda desestrutura familiar
acontece por alguma razão, e claro não se pode culpar apenas um, uma vez que
relacionamento é constituído por duas pessoas. Mas com toda certeza o fracasso
de muitos relacionamentos se deve a muitas decisões erradas tomadas no começo
dele. Quando um casal se une, são apenas dois, mas muitos ao se separar deixam
marcas no coração de tantos outros, e com certeza os filhos são um dos mais
afetados e prejudicados. Não adianta combater a fome, a miséria somente com
alimento, é preciso conscientizar da importância em dar a essas pessoas toda
condição de se manterem, mas não por alguns dias, dar também a elas toda
estrutura para que possam sobreviver e viver de forma digna. E da mesma forma,
eu creio que muitos relacionamentos seriam mais saudáveis e duradouros se as
pessoas entendessem e valorizassem alguns princípios básicos, no entanto
fundamental. Se respeitassem e amassem um ao outro pelo que são, não apenas pelo
que ambos podem proporcionar um ao outro. Se dedicassem mais tempo a conhecer aquele
(a) com quem pretende constituir família.
“Ou você cuida do relacionamento enquanto não existem
problemas mais sérios, ou terá que aprender a cuidar das feridas que o mesmo
trará a sua alma.”
Precisamos
deixar de ser egoístas, quando dizemos que amamos, e mesmo assim não
renunciamos nada em prol do outro. Não somos capazes de abrir mão do que
acreditamos ser o certo, simplesmente para fazer com que o outro se sinta
melhor e valorizado. Que amor é esse que usufrui do prazer e beneficio que meu
companheiro (a) pode me oferecer, mas nunca está disposto a se doar por ele.
Como explicar essa paixão avassaladora que tem unido pessoas, famosos de todo
mundo, e dias depois lemos em todas as colunas de revistas e jornais que ambos
não se suportam mais. Então penso que, isso tudo não se trata apenas de “Relacionamentos
fracassados ou más escolhas”, mas tem a ver com uma autoanalise de nós
mesmos, onde temos a responsabilidade de não apenas sermos sinceros com nossos
sentimentos, mas também entender que o nosso comportamento correto perante
aquele que está ao nosso lado, ou a falta dele pode mudar toda história.
Corresponder a um sentimento e viver essa troca é muito bom, quando ambos
entendem o que verdadeiramente isso significa.
“Se você não for aquele que irá corresponder ao que o outro
sente, estando disposto a dar tudo de si, também não queira ser o grande
causador de uma história com um final infeliz”.
Se
perceber que nada tem em comum com a pessoa que está ao seu lado, e não estiver
preparado ou disposto a fazer nada para mudar isso, então tenha coragem e
consciência em deixa-la seguir o caminho dela. Afinal de contas se nós não nascemos
para ser felizes, e sim ”fazer alguém feliz”, então todos nós temos uma missão,
viva para cumprir a sua, e faça alguém feliz e automaticamente você também
será.
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