Nós dizemos:
Eu sou igreja, a igreja de Cristo! Uau; como me orgulho e me alegro disso!
A criação gemendo, clamando em sua sangrenta dor diz:
E quem sou eu? Ah, eu sou um dos pequeninos o qual o mundo não consegue enxergar, e muitos fingem que não vê. Eu sou o grito Silencioso de uma alma doente, carente de um amor que nunca me foi compartilhado, sou uma vida que também sabe amar, mas que a igreja aprendeu dura e friamente ignorar. Também penso que sou um miserável aos quais poucos, ou ninguém mais enxerga; afinal minhas feridas cobrem o meu corpo de tal forma que me tornei um andarilho invisível, intocável por uma “igreja, seletiva e desumana.” Sinto que sou um daqueles que muitos chamam de ”Os perdidos, Sem Jesus.” Sou mesmo um perdido, porém quase encontrado. Sou um coração que bate dentro de um corpo e chama por um nome que ainda não me foi apresentado. Sou um faminto pelo pão que você tem com tanta fartura; o pão que mata sua fome, mas ainda sim o vejo sempre insatisfeito após alimenta-se. Sou um sedento da água limpa que mata sua sede, mas por seu puro egoísmo essa água passa longe de minha garganta. Eu sou um coração que bate sem Jesus, por que seus lábios covardes e medrosos têm se calado.
Eu sou uma generosa porção dos que se encontram perdidos num caminho de pedras e espinhos. Eu faço parte dos excluídos- Pois em meus dias de choro e dor, minha alma anseia por ouvir do coração D´ele, ouvir a canção que vem D´ele, mas você nunca o apresentou a mim dizendo que Ele era tudo o que eu realmente precisava! Eu sou a dor que não conhece outra coisa se não as lágrimas como minha companheira. E sou apenas um pequeno desconhecido que de longe ouve rumores de um grande Deus. Tristemente eu percebo que sou aquele que ainda anseia e espera para que você "igreja"me apresente Jesus, o seu Jesus, e o único capaz de libertar-me de um esmagador, desgastante e ameaçador confronto entre minha carne e espírito, entre o bem e o mal que habita em mim.
Sou uma extensa parte de um povo, de uma raça, de uma nação desconhecida; que tem sido deixada para trás por conta de uma Igreja que se acomodou em seu confortante berço de ouro, enquanto meus ossos se congelam sobre noites frias e sem vida.
“Podemos ser propagadores do Amor Incondicional de Deus, ou apenas seres comuns e miseráveis que sobrevivem para comer das migalhas que os Eleitos deixam cair de sua mesa farta.”
By- Fabiana Miranda.
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